Transformação organizacional não começa com plano, começa com desapego.
Tem empresa tratando mudança como quem muda o papel de parede da sala: visual novo por cima das mesmas rachaduras.
Nada de novo no front, né?
PowerPoint bonito, guia de cultura, treinamento obrigatório... e nenhuma fissura real na estrutura.
A gestão da mudança, como ainda é praticada em muitas organizações, virou teatrinho: personagens bem ensaiados, falas previsíveis e um roteiro que se repete em loop.
Todos sabem como termina — com um tapinha nas costas e a certeza de que, no fundo, nada mudou.
Enquanto isso, os problemas seguem onde sempre estiveram: nas relações, nos incentivos tortos, nas decisões que ninguém quer assumir.
Mas o foco continua no método da moda, no cronograma bem embalado, no modelo que vem com manual.
O apego a essas práticas não é técnico. É afetivo. Elas oferecem a ilusão de controle.
Permitem seguir em frente sem encarar o desconforto da incerteza.
Mas mudança de verdade exige isso: desconforto, improviso, escuta, risco. Não dá pra coreografar o inédito.
O pior é que muitas dessas organizações sabem que estão encenando.
E mesmo assim continuam.
Porque é mais fácil performar transformação do que sustentar contradição.
Enquanto a mudança for tratada como produto para entregar — e não como campo vivo de experimentação — ela seguirá falhando com sucesso.
O que sua organização ainda mantém em exposição permanente, mesmo sabendo que já virou peça de museu?
Leia meu artigo "2 tipos de gestão de mudança: empurrada vs puxada".
https://targetteal.com/pt/blog/2-tipos-de-gestao-de-mudanca-puxada-e-empurrada/
E o meu livro "Hacking Cultural - Um guia prático para agentes de mudança"
https://targetteal.com/pt/livro-hacking-cultural/
Teremos aula gratuita no dia 6 de sobre "Como hackear as relações de poder nas organizações"
https://targetteal.com/pt/cursos/culture-hacking/aula-aberta-ch-inscricao/
Dia 30 eu vou participar de uma live aqui no linkedin!
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Dia 20 de maio começa o nosso curso "Culture Hacking".
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Muito assertivas as provocações, sinto as vezes que cada vez mais se espera por uma "fórmula pronta" e mesmo sem indicadores ou dados de sucesso práticas são patrocinadas e aplicadas sem uma provocação de que problema querem resolver. E ai de quem se posicionar contrário... ainda pode ser considerado "resistente".